sexta-feira, 26 de março de 2010

O guerreiro


Sinto a fragilidade de quem encarou a vida de frente e perdeu.
De quem elevou tantas bandeiras e não se encontra mais...
Fui a muitas guerras, perdi mais batalhas do que se poderia
Arrisquei-me até os ossos e estes não me sustentam mais.
Acreditei no espírito e descobri que era carne
Eu, matéria não soube a oração exata,
Aquela que desperta os deuses e amansa os demônios...

Ainda me restaria um sorriso se houvesse verdade no brilho dos olhos.
O castigo dos fortes é nunca ter onde pousar a cabeça
O drama dos fortes é acercarem-se de frágeis ombros.
O crime dos valentes é irem sempre em frente
sem guardar o caminho de volta.

por Rozzi Brasil

sexta-feira, 12 de março de 2010

uma proposta para relações Humanas

Quero que me oiças sem me julgares
Quero que me dês a tua opinião sem me aconselhares
Quero que confies em mim sem me exigires
Quero que ajudes sem tentar decidir por mim
Quero que cuides de mim sem me anulares
Quero que olhes para mim sem projectares as tuas coisas em mim
Quero que me abraces sem me asfixiares
Quero que me animes sem me empurrares
Quero que me apoies sem te encarregares de mim
Quero que me protejas sem mentiras
Quero que te aproximes sem me invadires
Quero que conheças as coisas que mais te desagradem em mim
Que as aceites e não pretendas mudá-las
Quero que saibas...que hoje podes contar comigo...
Sem condições

quinta-feira, 11 de março de 2010

A magia da águia


A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Chega a viver 70 anos. Mas para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão.

Aos 40 anos ela está com:

As unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar as suas presas das quais se alimenta.

O bico alongado e pontiagudo se curva.

Apontando contra o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar já é tão difícil!

Então, a águia só tem duas alternativas:

Morrer…… ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias.

Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar.

Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo.

Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas.

Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas.

E só após cinco meses sai para o famoso vôo de renovação e para viver então mais 30 anos.

Em nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação.

Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes e outras tradições que nos causaram dor.

Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que uma renovação sempre traz.

domingo, 7 de março de 2010

Leis Universais


Lei da Atração Magnética

Atraímos a nós o que desejamos. Atraímos também o que consideramos indesejável (se nos concentrarmos nisso)
É impossível criar amor quando nos concentramos no medo. É impossível criar prosperidade quando nos concentramos na pobreza.

Lei da Manifestação Criativa

Concentre-se intencionalmente no que deseja! evite concentrar no que considera indesejável, permanecer nessa energia negativa apenas atrairá mais dela para a sua vida.


Lei da Permissão

A lei mais difícil de todas. Ponha os pensamentos na consciência universal fortalecidos pelo desejo. Então, retire-se e permita que o universo os manifeste. Se tiver esperança, não estará permitindo. Se tiver expectativa, não estará permitindo.
Quanto mais esperar, quanto mais esperança tiver, mais tentará manipular ou controlar, então mais atrapalhará e retardará a manifestação dos seus desejos.

A lei da "permissão" significa simplesmente isso:PERMITIR!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Viver a vida


Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
Quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
Quem prefere O "preto no branco"
E os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis,
Justamente as que resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite,
viver a vida..!

*Pablo Neruda*

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Elogio ao Amor

“Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.

O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.

Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em “diálogo”. O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam “praticamente” apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do “tá bem, tudo bem”, tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida,o nosso “dá lá um jeitinho sentimental”. Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.

O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A “vidinha” é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.

O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha – é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.”




By Miguel Esteves Cardoso in Expresso

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Celebração do dia


Fornacália, o festival romano do “Pão e da Fornalha” e da vegetação. A Fornália festejava a primavera e o renascer da natureza. No início, era uma comemoração de caráter religioso, mas depois esta antiga festa profana degenerou em orgia. Provavelmente, foi este tipo de celebração que deu origem aos festejos do Carnaval.
Na antiga Babilônia, anualmente, havia a Festa do Caos quando, durante doze dias, era revertida toda a ordem social e abolidas as normas morais. Outras festas precursoras do Carnaval foram as procissões gregas celebrando o deus do vinho Dionísio e os festejos romanos de Saturnália.
Com o passar do tempo, as antigas encenações dos mitos, com carruagens levando estátuas das divindades, foram substituídas, aos poucos, por carros alegóricos com cenas profanas, danças frenéticas, uso de máscaras grotescas, transgressão de regras e orgias sexuais. A origem da palavra “carnaval” é confusa. Acredita-se que vem de “carne-vale” - ou “adeus carne” -, anunciando o início do jejum da purificação.
Neste dia, de acordo com a mitologia hindu, nasceu Kali, a deusa da morte e da destruição e o mundo entrou no período chamado Kali Yuga (“A Era do Mal”). Antigamente, eram feitos sacrifícios humanos para apaziguar a sede de Kali, substituídos depois pelo sangue dos animais.


Informações extraídas do livro “ O Anuário da Grande Mãe”, de Mirella Faur.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A águia e o falcão


'Conta uma velha lenda dos índios Sioux, que uma vez, chegaram de mãos dadas, até a tenda do velho feiticeiro da tribo, Touro Bravo, o mais valente e honrado de todos os jovens guerreiros, e Nuvem Azul, uma das mais formosas mulheres da tribo...

- Nós amamo-nos... - começou o jovem. E vamos nos casar... - ela falou. E nos amamos tanto que temos medo... queremos um feitiço, um conselho, ou um talismã, alguma coisa que nos garanta que poderemos ficar sempre juntos, que nos assegure que estaremos um ao lado do outro até encontrarmos a morte. Por favor - repetiram – diga algo que possamos fazer!

E o velho, olhando para os dois, emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos esperando a sua palavra.

É uma tarefa muito difícil e sacrificada... - falou o feiticeiro - estás a ver o monte que está ao norte da nossa aldeia? Terás que escalá-lo sozinha e sem armas, apenas com uma rede e tuas mãos... Deves caçar o falcão mais formoso e vigoroso do monte, sem esquecer que deverás trazê-lo aqui com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia. - E tu, Touro Bravo... - continuou o feiticeiro - deves escalar a montanha do trono, e quando chegares lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias e, somente com as tuas mãos e uma rede, deverás apanhá-la sem feri-la, trazendo-a para mim, viva. Nesse mesmo dia, também virá Nuvem Azul... Agora podem ir!

Os jovens abraçaram-se com ternura e logo partiram para cumprir a missão recomendada... Ela foi para o norte e ele para o sul...

No dia estabelecido, à frente da tenda do feiticeiro, os dois jovens esperavam com os sacos que continham as aves solicitadas.

O velho pediu que, com cuidado, as tirassem dos sacos... Eram verdadeiramente formosos os exemplares...

- E agora o que faremos? - perguntou o jovem. Matamos-os e depois bebemos em honra de seu sangue?

- Não! – falou o velho.

- Cozinhamos e depois comemos o valor da sua carne? - propôs a jovem.

- Não! – repetiu o velho. Farão apenas o que eu digo: - apanhem as aves e amarrem-nas entre si pelas patas com essas fitas de couro... Quando as tiverem amarradas, soltem-nas, para que voem livres...O guerreiro e a jovem fizeram o que lhes foi ordenado e soltaram os pássaros... A águia e o falcão tentaram voar mas apenas conseguiram saltar-se pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela incapacidade, as aves arremessavam-se entre si, bicando-se e se machucando.

Este é um conselho. Jamais esqueçam o que viram... Vocês são como a águia e o falcão... Se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, cedo ou tarde, começarão a machucar-se... Se quiserem que o amor entre vocês perdure, voem juntos, mas jamais amarrados.'

Diferenças Criativas


Encontros, dois seres... começa o principio da diferenciação, a dualidade e polaridade aumentam.

Como estamos a relacionarmo-nos com as diferenças? especialmente no plano mental...estamos pres@s a uma posição egocêntrica ou abert@s a outros pontos de vista? conseguimos que as diferenças nos enriquecam sem nos sentirmos ameaçad@s?

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

De sonhos e Luar

Sei que és uma linda princesa. Quanto a mim, apenas plebeu.

Mas no desvio, no desvario meu, Sonho sempre com a tua nobreza.

És princesa no todo, por inteiro: Na cor e corpo; alma e no coração...

Eu, por desconhecer a razão, Tornei-me apenas carpinteiro.
Carpinteiro de sonhos, sentimentos...

Pobre – quanto a arrependimentos.
Nobre – quanto ao saber amar.

Carpinteiro de palavras, pensamentos...
De prata – quanto ao encantamento.
De ouro – quanto ao saber sonhar.


( Marcos Aurélio Mendes )




sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

No mundo das Deusas


Diana: Nome de uma deusa da mitologia, revela uma pessoa autoritária e caprichosa, mas que obtém o que deseja principalmente por se mostrar organizada, prática e muito objectiva. Em geral consegue aliar a busca do sucesso a um bom relacionamento com as pessoas que a rodeiam. E no amor logo que encontra um bom parceiro e constitui um lar estável.

Diana é sensível, intuitiva e altruísta. Ambiciosa, faz todo o possível para criar um mundo melhor. A vida familiar é muito importante para ela pois representa um espaço onde expressa sentimentos maternais muito importantes.

ÁRTEMIS – Nome grego de Diana. Eterna virgem – isto é, não casada – esta deusa é a protectora das florestas, da vida silvestre. Os animais, os bosques e florestas são protegidos por ela e lhe são consagrados. Protectora dos partos, é irmã de Apolo – o Sol -nascida do casamento entre Zeus e Latona - a Noite.

Ártemis tem na Lua seu símbolo, carrega um arco de caçadora e um facho. Soberana das montanhas, dos bosques e dos rios, sempre anda acompanhada de suas ninfas e seus animais, os cervos.

Muito pudica, não permitia que ninguém visse seu banho e nenhuma de suas ninfas podia manter relações sexuais com homens. Extrovertida e atirada, o compromisso da mulher - Àrtemis é com sua própria natureza, simples e que reverencia o lado natural, até mesmo selvagem da natureza humana.

Sem malícia, independente, adora a própria natureza, uma defensora do naturalismo e do meio ambiente, que viaja e quer ar livre. A sua abordagem da vida não é intelectual como a de sua irmã Palas Atena, nem sentimental e sedutora como de Afrodite, sua outra irmã.